26 maio 2013

Quem pára o Ben Player?





Mais um evento em Arica, mais um sucesso estrondoso ao Bodyboard Mundial. Para trás ficou a Turbo que fechou, As coisas ficaram complicadas da Organização IBA, e para trás ficou a transmissão Live que falhou na Austrália.

Sobre as transmissões e o sucesso em Arica, prova mais uma vez que o sucesso depende da Organização local e o sucesso da IBA depende das condições logísticas locais colocados à sua disposição.
Desportivamente falando e nos Trials, os destaques vão para o Israel Salas que conseguiu uma série de 6 vitórias seguidas, um feito que seguramente em Trials é record; e para o Jovem Lachlam Cramsley ao vencer o seu 2º Trial Event, ainda para mais seguido, mostrando que tem futuro e seguramente estará no Top 24 de 2014.

No main event a emoção foi grande e Arica volta a mostrar a sua consistência, um filão que o tubarão vai de certeza comer. As emoções grande começaram logo no round 4 com um clássico Jeff Hubbard x Guilherme Tâmega, a mostrar um Jeff nervoso e a falhar manobrar, algo estranho do actual Campeão do Mundo. Jacob Romero o Bodyboarder endividado e sem patrocinador principal, também é destaque pelo resultado alcançado (quartos-de-final) e pelo grande aéreo efectuado, pena que não tenha completado, mas who cares.

Os heats das meias finais foram demolidores. O primeiro duelo colocou GT x Winny, mais uma vez, começa a ser um clássico em Arica, mas colocou as fragilidades do GT a nú e mostrou que o Winny já conhece o jogo do Brasileiro e esmagou literalmente o "monstro" Guilherme Tâmega. Na prática o Winny meteu o Brasileiro a jogar no coração com a tática de atacar ou quebrar, e muito seguro o Australiano manobrou à sua mercê e escolheu as melhores ondas. O Australiano mostrou a sua capacidade de análise das condições para vencer com tranquilidade o Brasileiro Guilherme Tâmega.


O Dave venceu de tal forma o GT que parecia mais uma vez destinado a ganhar o Arica, não fosse o génio de Ben Player que na meia final com o Dallas Singer protagonizou uma dos melhores heats de sempre. O Ben Player e o Dallas Singer conseguiram um total de 36.73 pontos em 40 possíveis, e uma nota de 9.03 do Benny ficou de fora das melhores notas.  Só um BP ao melhor nível (9.7 Air Forward) conseguiu impedir o Dallas Singer de fazer a sua primeira final de um Grand Slam, que a 10 minutos do fim tinha um score de 9.5 (tubo profundo) +8.38.


Quem viu a primeira onda do Winny avaliada em 7.75 na final, viu um homem com uma moral e confiança, que parecia que o BP iria ser despachado da mesma forma que o GT. Mas do outro lado estava também um Australiano muito confiante e a jogar pelo seguro, como demonstrado na sua 2ª onda pontuável, em que opta por um Invert, em vez do seu famoso Air Forward, assim como o 6.83 fruto de um tubo sem manobra aérea, onde poderia ter arriscado. Só depois de consolidar um bom resultado o Player começou a arriscar um pouco mais. A partir da 2ª onda, o Winny depois de um tubo seguido de um wipeout, mostra que passou a estar ansioso e a escolher mal as ondas.

Pessoalmente julgo que o Winny poderia ter feito um pouco mais pela vitória. Esperou por uma onda e quase no fim do heat teve de ir na primeira com algum potencial para tentar uma nota a rondar o 8 pontos, que acabou por fechar.

O Ben Player vence e consolida a sua liderança no Tour Mundial. Quem para o Ben Player?

4 comentários:

  1. o dallas singer ja tinha ido a uma final. 2011 pipeline pro ficou em 4º lugar

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  2. e o 360 aereo do winny na final?? se acertasse aquilo a final era dele, sem qq duvida. era onda pa ser 10

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  3. Fragilidades do GT? Ele perdeu porque não achou ondas boas, enquanto o Winny surfou muito, provando porque é um dos bodyboarders mais "em forma" do tour.
    Não visualizei fragilidades do GT, apenas méritos do Winchester.

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