A Queda de Um Império

Originalmente a Turbo Surf Designs foi fundada no Havai pelo lendário rider Russ Brown em 1983, ainda o bodyboard dava os seus passos. Naquela época a Turbo rivalizava com a Morey Boogie, apresentavam um design arrojado com cores diferentes e criaram ícones como a Turbo Mike Stweart Pro/Comp, entre diversos modelos.

Em 2007 a Turbo é adquirida pela Turbo Surf Australia Pty Ltd, uma empresa criada por Gregg Taylor, um bodyboarder com duas décadas de dedicação e licenciado em economia e finanças. Nesta renovação coloca o seu irmão Glenn Taylor como o responsável pelo design da marca e tudo fica em família.



Em 2010 Gregg cria a IBA Pty Ltd, a empresa que gere o circuito profissional de bodyboard, assegurando todos o direitos de propriedade do circuito e, por fim, é nomeado diretor da IBA, passando a controlar por completo os seus destinos. Ao mesmo tempo a Turbo passa a patrocinar e a "bancar" eventos do Grand Slam Series.

Entretanto, na Turbo, Gregg continua a mostrar a sua garra de empresário e acerta com vários riders de renome: Damian King, Jared Houston, Jacob Romero, Manson Rose e Andre Botha. As contratações não podiam ter sido mais desastrosas...

Damian King, apesar de ter conseguido entrar na qualificação para o Mens World Tour, nunca conseguiu justificar o salário milionário que lhe era pago, sempre na luta pela não desqualificação, em 2011 com um 21º lugar só não cai em desgraça porque consegue ganhar o DK Tour, em condições estranhas segundo as palavras de Dave Hubbard.

Em 2012, apostando mal, a IBA promove um circuito grandioso de DK, do qual nunca houve frutos... Apesar de ter conseguido a requalificação para 2012 Damian retira-se, muito provavelmente antecipando o que estaria para acontecer.

Andre Botha voltou ao seu estado "vegetativo" e desapareceu por uns tempos, apenas resurgindo agora timidamente. Em contra senso Jacob Romero, que agora pede financiamento pelo Crowd Funding, lutou incansavelmente pela qualificação ao circuito principal, agora que consegue vê o seu esforço dispendido para nada. O tão almejado prémio monetário pela qualificação prometido pela Turbo esfumou-se.

Apenas Jared Houston consegue provar que foi uma contratação acertada, obtendo bons resultados. Mas tal não bastava para vender pranchas que, com cores berrantes não conseguia contrariar a tendência "clean" e de shape fino das VS, Pride e companhia.

O período que decorreu antes da confirmação da etapa de Pipeline de 2013 revelou as rachas enormes no castelo da Turbo, com troca de acusações, mas já pelas saídas de Terry Mckenna e de Manny Vargas no final de 2012 já se podia adivinhar que as coisas não iam bem.

Muitas coisas ainda estarão por ser contadas, mas verdade seja dita antes do império cair Gregg conseguiu um acordo com a Gopro que permite manter o circuito.

Verdade seja dita: Alguém acha o logo da Turbo engraçado? Parece algo saído dos anos 80... Pois mantiveram-no desde dessa altura...