06 maio 2009

que circuíto?

Uma das coisas que se propõe de tempos a tempos é uma nova estrutura do cicuíto nacional de bodyboard. Que deveria ser feito em picos de maior qualidade, que deveria ter períodos de espera ou funcionalidades como webcasts etc. A justificação no entanto é sempre a mesma e infantil, a dos nossos dias: economicista. A ideia é de que se as coisas se processassem assim, o retorno económico seria maior. Esta suposta consciência económica é um handicap que impede que realmente se pense o que é bodyboard e para que lado nos queremos voltar. Ao tentar legitimar a natureza de um desporto com base em critérios empresariais está a jogar-se um jogo sem saída. Já existem empresas, elas já organizam eventos e dúvido bastante, não vão receber lições de economia dos bodyboarders. O maior retorno, o único possível e o mercado assim o dispôs, é a situação actual. Ninguém consegue reinventar a economia com base no desejo por mais lógica que as coisas se afigurem perante os nossos olhos. E no entanto elas não deixam de ter tanto ou mais valor. Afinal, e para mim esta é melhor razão que qualquer outra, e se simplesmente (e estar preparado para as concessões) fosse assim que os bodyboarders quisessem?

13 comentários:

  1. Pois continuamos à espera... Ainda nos faz falta um Mike Stewart português, um líder... Existem alguns potenciais líderes que poderiam levar o bb federado português a bom rumo... São meras impressões, mas por exemplo temos a Rita Pires que demonstra grande capacidade organizativa, o João Zamith que pelo tenho lido consigo acervar noas capacidades... Porque não o "nosso" Pedro Arruda?

    Como bem refere o Hugo Marinho a economia não pode ser justificação para tudo...

    O ano passado a economia estava boa e tivémos o que tivémos...

    Mas se queres que te diga, para mim não faz falta um circuito nacional.

    Boas ondas

    B

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  2. Amadorismo, essa é que é essa. e essa de "as empresas não aceitam lições de bodyboarders"... é pá, por acaso não há economistas a surfar? Médicos? Advogados?

    E a visão "economicista" é a que empurra o desporto de alta competição para a frente. Tudo o resto é uma visão francamente ingénua e irrealista da coisa.

    Não há circuito nacional porque não há mercado ou porque não há profissionalismo e rigor na maneira como as coisas são feitas?

    O problema ´do circuito nacional nem é a modalidade porque vejo a mesma coisa em quase todas, independentemente do dinheiro que movimentam ou não:n irresponsabilidade, desleixo, amadorismo (no mau sentido).

    Vejo grassar aqui uma grande confusão entre quem acha que o surf e o BB devem ser encarados como actividades puramente recreativas, e quem acha que devem ser, também, modalidades desportivas de pleno direito. No surf com quilhas, há movimentações para o tornar olímpico. O BB, pelos vistos, mal gatinha.

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  3. que amadorismo mr charles? A extreme como sabes ganhou o concurso para a organização do circuito nacional nos anos anteriores. Nunca lhes vi nenhuma falta de profissionalismo, aliás o circuíto era do agrado geral dos participantes pelo que pude comprovar. As etapas eram bem organizadas, em boas praias, nas alturas certas e com um gabinete de imprensa decente. Os press releases eram abundantes, havia transmissão televisiva, haviam fotos. Agora eles saltaram fora porque a relação custo-benefício não lhes é favorável. Alguém os vai convencer do contrário? Todas as empresas de realização de eventos de praia já sabem por esta altura que o circuíto nacional está à disposição. Já sabemos de algum interessado? Se houver real dinheiro para ganhar faltariam proponentes? No maior desporto nacional, o futebol, não faltam exemplos de amadorismo de bradar aos céus e não é por isso que lhes faltam patrocinios. À APB não lhes é incumbida (por principio) a tarefa de organizar o nacional, mas sim negociar as condições para os bodyboarders com os interessados em faze-lo. Uma espécie de sindicato dos bodyboarders.
    A minha sincera opinião é de que em vez de nos mantermos na ilusão de que falta sempre fazer algum passe de mágica, deveriamos ponderar seriamente este ano num circuíto para os bodyboarders, com boas ondas e bom espectaculo, para elevar o moral, mas com um prizemoney simbolico.

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  4. Hugo, dá-me o desconto devido a quem não conhece esta realidade tão bem como tu mas, mesmo assim, não sei se percebeste. É que o amadorismo não é da Extreme...faz as contas.

    O futebol é amador e não tem patrocínios, tem passivos gigantes nos grandes e nos pequenos tem mecenas, muitas vezes, camarários, que é como quem diz, eu e tu e os nossos impostos.

    E quanto a prize money simbólico, não me parece que seja pelo prize money que um atleta vai ao nacional. Os custos serão outros, não?

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  5. Este blog de bodyboard começa a parecer uma aula do senhor Greenspam, mas aqui vai ...

    O Bodyboard tem dois problemas graves e sinceramente não vejo forma de os combater.

    O primeiro é cultural. Nasceu na e das sobras do Surf, sempre foi visto como uma modalidade menor na tribo das ondas e não tem uma imagem definida para vender. Vender é o segundo problema do Bodyboard. O Golfe tem 12 praticantes, mas esse têm empresas, compram carros, equipamento com fartura, pagam viagens para chegar a certos campos e nem se importam de deixar gorjeta no final. o mesmo se passa com o ténis, a vela ou râguebi. Todos desportos 'minoritários' mas que ainda assim mostram alguma "saúde". O mercado maioritário do nosso Bodyboard continuam a ser miúdos, naturalmente pouco abonados e sem grandes requisitos materiais. Isso, meus amigos, afasta qualquer empresa de realização de eventos, patrocinador ou grupo de media que estivesse, eventualmente, interessado em explorar um novo mercado.

    Primeiro, o Bodyboard tem de arranjar uma Imagem para vender. Com ela, aparecerá um mercado real e só depois chegarão os circuitos com 45 atletas de topo, os webcasts profissionais e os milionários patrocinadores. Como isso se consegue? Estou convencido que num desporto em que, como alguém disse por aqui, o "pai" tem 45 anos, simplesmente não se consegue.

    Até andávamos a caminhar na direcção certa. A NMD é um bom exemplo de como se pode aproveitar bem o mercado de BB, mas fomos atingidos pela maior crise financeira de que há memória. Nessa altura, os grandes abanam e os pequenos desfazem-se ...

    Cocas

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  6. Hugo,

    Eu nunca vi um press release da APB... Quando dizes que a APB é uma espécie de sindicato dos bbers, então eles têm os estatutos errados ou não os cumprem...

    A APB tem 4 objectivos:

    - Apoio à organização
    -Apoio à formação
    -Apoio á mediatização
    -Apoio ao desenvolvimento da competição

    E volto à questão do contrato... Se havia um compromisso contratual e este não foi cumprido, quais foram as consequências para a empresa Extreme?

    B

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  7. b, imagina os estatutos de um clube de futebol. ou de um partido político? ou mesmo a nossa constituição. agora imagina os tropeções que levam todos os dias. não entres por aí. o portugues sofre cronicamente do mal de um país pequeno: o provincianismo. Logo tudo o que é formal e burocratico tem sempre de ser pomposo e com intenções grandiosas.
    Eufemisticamente falando a apb até cumpre os seus requisitos, o "apoio" é sempre digamos legislativo mas o executivo ficaria sempre a cargo de uma empresa. Não havendo uma empresa não ha meios de execução. Aliás foi esta a primeira e única razão da existência da apb. proporcionar ao bodyboard o acesso ao mercado das empresas, tal como havia sido feito pela ans. Logo a apb é a ponte, o porta-voz entre as empresas e os bodyboarders. nada mais. Anteriormente o circuito era feito pela fps, como creio alias que sejam capaz de o fazer a qualquer momento, como o mr charles disse "com o nosso dinheiro", mas obviamente nos termos deles.

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  8. cocas o bodyboard já tem uma imagem e creio que até rentável. Foi a imagem que permitiu ao sr. tom morey pegar no paipo e espalha-lo por milhões de pessoas em poucos anos. Não sei é se será a imagem que os bodyboarders querem ou que se ajusta à realidade do nosso desporto.

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  9. Hugo...Finalmente alguém por dentro do assunto!!

    ass: jp

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  10. Hugo, continuo a dizer que a APB não trabalhou bem externamente... Pode ter trabalhado bem internamente, mas externamente falhou...

    Falas que a APB foi criada em representação dos bbers, então porque é que se chama Associação Portuguesa de Bodyboard? Deveria ser Associação Portuguesa de Bodyboarders (tal qual a associação nacional de surfistas).

    Ao fim de contas, a APB é apenas um clube privado que pretende zelar apenas pelos bodyboarders seus associados.

    Se assim é, se não é pelo bodyboard no seu geral ou apenas faz a "ponte", então não serve para nada. É mais um órgão burocrático a quem se tem de prestar vassalagem...

    Mas por fim digo mais uma coisa, as críticas são para se ser ouvidas, seja de quem for e é um sinal de maturidade aceitar críticas ou contra argumentar.

    Não aceito é que "anónimos" apenas argumentem que quem critica não sabe nada e que vocês não sabem o que falam, porque isso é fugir com o rabo à seringa.

    Foste o único Hugo a dar uma resposta credível em nome da APB e foi só agora, quando a APB já a deveria ter dado na altura do cancelamento do nacional.

    B

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  11. Eu (EMPRESA) se quisesse patrocinar o circuito como é que fazia?

    a) escrevia para o apartado da APB?

    b) escrevia para o email manhoso fo gmail?

    c) contactava à FPS?

    É que nem um site básico a APB tem...

    http://www.ansurfistas.com/
    http://www.bodyboardingportugal.com/

    É só comparar...

    Até o skimboard tem um blog
    http://www.skimming-tuga.blogspot.com/

    O kitesurf
    http://www.kitesurf-portugal.com/

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  12. existem também outras coisas que a apb não tem, cotas, patrocinios, um secretário, apoios etc.

    temos de ver o que é crível exigir com estes meios.

    temos também de descontextualizar as criticas, elas não podem apenas surgir quando as coisas correm mal, isso para mim é benfiquismo.

    Tu falas em algumas coisas verdadeiramente pertinentes, a maior das quais é a falta de comunicação da apb com o "público". Pode ser que eles nos ouçam. Era bom para todos.

    ps. nem ligues a bocas não fundamentadas ou a ataques pessoais, faz parte do "oficio"

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  13. A APB existe?
    As federações têm de ser bem mais que uma "ponte" para o mercado, têm de ser uma fonte de divulgação e de promoção do desporto. A APB até nasceu com boas intenções, mas parece-me que veio cheia de mal formações congénitas...

    Estamos a brincar com coisas sérias? Se a APB existisse profissionalmente, a EXTREME teria OBVIAMENTE de ser obrigada a pagar uma indeminização porque haveria atletas a dizer que tinham prometido um circuito nacional aos patrocinadores, porque existiram empresas a protestar porque estavam a contar com uma ou duas etapas para promover o emblema, and so on ...

    Conheço-os de nome e alguns de conversas e nem duvido que os fundadores da APB querem o melhor para o desporto. Mas isto não está para brincadeiras. Os press releases não podem ser escritos por namorados e amigos que mal sabem soletrar e que nunca pensaram em como se "vende" uma noticia, as fotografias não podem ser amadoras só porque há um amigo que se apresenta como fotógrafo e, no limite, na falta de um parceiro sólido uma APB n se pode deixar ficar pendurada por uma empresa incompetente. Será que não há lá gente capaz de organizar o campeonato? Na volta poupavam dinheiro ...

    Cocas

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