Thyago Caju é um Bodyboarder Brasileiro e mentor do blog bodyboarding.blog.com, um blog sobre bodyboard com cerca de 150 visitas diárias. Um blog pessoal que concorre com outros sites de informação de Bodyboard no Brasil, como o Waves e o Abbctour. Caju estuda jornalismo e é entrevistado por um outro blog o undergroundmagazine.blogspot.com, ao qual revela opiniões muito interessantes. Para a entrevista completa, clique aqui.Excertos da entrevista que achei muito interessante:
"Eu perguntei ao Thomas Robinson o porquê dele não ter ido ao Havaí, ele me respondeu que não tinha dinheiro. Isso porque ele é patrocinado pela Science, tem um pro model. Mas mesmo assim tem que trabalhar para sobreviver. Ser bodyboarder é duro no mundo inteiro."
"A diferença é que eles (Austrália) têm duas revistas excelentes, perfeitas. Tem marcas investindo. Os bodyboarders jovens podem sonhar em ser alguém. E o melhor, podem se tornar famosos sem serem campeões mundiais. Rawlins e Hardy são um exemplo disso."
"Qual marca quer seu logo arrastando na areia após um rollo forçado? Nenhuma vai querer sua imagem associada à merreca. Para o público geral, isso é o bodyboarding, esporte de criança."
"Tudo gira em torno das marcas. Se as marcas não investirem, o esporte continua estagnado. Acho que as marcas nacionais de BB não tem visão nenhuma. Não sabem investir. Pensam que os atletas são despesa, não uma vitrine. Hoje em dia é tão fácil arrumar alguém que fotografe. Mas cadê as empresas contratando alguns fotógrafos para divulgar os atletas? Não tem. Cadê as empresas investindo forte no Rio BB Pro? Não tem. O jeito é procurar outras empresas, fugir das marcas de BB e de Surf, procurar um meio alternativo de investimento, acho que essa é a única solução."
"Eu odeio comparar Bodyboarding com Surfe, mas eles fizeram isso. Deixaram de colocar amigo de amigo em certos cargos, só aí o surfe cresceu. Marcas de cerveja, de produtos eletrônicos fazem o circuito deles viável e rentável."
Já expressei a minha opinão sobre o Bodyboard actual, neste blog e no anterior. Enquanto o Bodyboard não fizer pela diferença, continuará a ser uma fase de aprendizagem para o Surt, e enquanto apostar nos "amigos", em detrimento do profissionalismo, continuará a ser amador.
"Qual marca quer seu logo arrastando na areia após um rollo forçado? Nenhuma vai querer sua imagem associada à merreca. Para o público geral, isso é o bodyboarding, esporte de criança."
"Tudo gira em torno das marcas. Se as marcas não investirem, o esporte continua estagnado. Acho que as marcas nacionais de BB não tem visão nenhuma. Não sabem investir. Pensam que os atletas são despesa, não uma vitrine. Hoje em dia é tão fácil arrumar alguém que fotografe. Mas cadê as empresas contratando alguns fotógrafos para divulgar os atletas? Não tem. Cadê as empresas investindo forte no Rio BB Pro? Não tem. O jeito é procurar outras empresas, fugir das marcas de BB e de Surf, procurar um meio alternativo de investimento, acho que essa é a única solução."
"Eu odeio comparar Bodyboarding com Surfe, mas eles fizeram isso. Deixaram de colocar amigo de amigo em certos cargos, só aí o surfe cresceu. Marcas de cerveja, de produtos eletrônicos fazem o circuito deles viável e rentável."
Já expressei a minha opinão sobre o Bodyboard actual, neste blog e no anterior. Enquanto o Bodyboard não fizer pela diferença, continuará a ser uma fase de aprendizagem para o Surt, e enquanto apostar nos "amigos", em detrimento do profissionalismo, continuará a ser amador.
Não concordo com tudo. Se é verdade qe eu próprio já fiz críticas semelhantes, acho que tem muito a ver com o acto de o BB estar a atravessar a adolescência. Mas o que ele diz sobre os "rollos forçados na areia" é na mouche. Há que ser mais exigente nas ondas escolhidas para as competições e tentar períodos de espera ais longos?
ResponderEliminarNem todos têm dinheiro? Selecção natural, infelizmente, não é só talento. Lá chegaremos, mas antes temos de desenvolver a indústria. E isso faz-se atraindo mais praticantes.
E isso, por sua vez, é com a imagem.
Ele vem dizer mais do mesmo... O bb só dará o salto quando tiver empresas como a Billabong, quicksilver e ripcurl a bancarem um circuito... Com compromisso para a vida...
ResponderEliminarB
o raciocinio dele está enquistado por uma crença pessoal muito forte. O resultado é contradizer-se durante toda a entrevista e usar algumas falácias para provar o seu ponto de vista. Eu gosto muito do bodyboardingblog mas por favor..
ResponderEliminartalvez fosse definitivamente interessante arranjar alguem de uma empresa e perguntar o que é que eles querem. Só assim é que algumas pessoas vão-se acreditar. Eu nunca vi um desporto onde tantas pessoas contradizem o mercado com uma convicção destas.
Hugo,
ResponderEliminarNão acho que se contradiz.
Acho que ele também concorda que o Bodyboard, para não ser mais uma modalidade, tem de ter como prioridade o espectaculo, bom, diferente e irreverente. Aposta aqui se o campeonato fosse todo tipo Special Edition de como seria?
"Os bodyboarders jovens (na australia)podem sonhar em ser alguém." - sonhar em ser alguém que trabalha para surfar como o thomas? é preciso ser australiano?
ResponderEliminar"a diferença é que(...), podem se tornar famosos(na australia) sem serem campeões mundiais" - José otávio, Dudu Pedra, Magno Oliveira, Hermano Castro. Todos os filmes brasileiros que vi não tinham campeões mundiais nem mesmo grandes competidores. O otávio tem um pro model da respect e pubs na vert sem entrar em campeonatos. Porque é desconhecido?
""Qual marca quer seu logo arrastando na areia após um rollo forçado? Nenhuma vai querer sua imagem associada à merreca. " - Mas ele quer exemplos? será que a única associação que se faz é negativa?
"Acho que as marcas nacionais de BB não tem visão nenhuma. Não sabem investir." - isso é um contrasenso, então as marcas que fazem da sua vida a venda de material não sabem o que lhes dá lucro? qual é a marca que mais vende no brasil?
"Cadê as empresas investindo forte no Rio BB Pro? Não tem." - se não tem porque é que se ha de achar que é um bom investimento para as empresas?
"O jeito é procurar outras empresas" - ninguém se deve ter lembrado disso..
"eles(surfe)deixaram de colocar amigo de amigo em certos cargos, só aí o surfe cresceu" - apesar de não se compreender bem quem são "eles", estabelecer uma co-relação directa entre boas práticas federativas e o crescimento desportivo é por demais extrapolamento.
"Marcas de cerveja, de produtos eletrônicos fazem o circuito deles viável e rentável." - asp world tour 09: quicksilver pro, rip curl pro, billabong pro, globe pro, billabong pro, rip curl pro, boost mobile pro, quicksilver pro, billabong pro, hangloose pro, billabong pro.
eu não estou a hostilizar a pessoa em questão mas se queremos ser sérios temos de ser objectivos. E a entrevista vem carregada de ideologia logo à partida, de um modelo pré-concebido de desenvolvimento (o australiano)que ainda por cima não estou certo que corresponda á realidade, como ele deixa ingénuamente escapar no comentário do thomas.
que seja o bodyboard que mais queiramos ver tudo bem, mas isso pode ter um custo, como, (take 2) ele deixa escapar quando menciona o rio pro (um circuito em boas ondas) não ter apoios ao mesmo tempo que não faltam patrocinios para as ditas etapas "de merreca" do mundial.
so outra coisa, muito se falam das marcas isto os merrequeiros aquilo esquecendo-se porventura do essencial. A imagem de um desporto é, essencialmente feita pelos meios de comunicação. Independentemente do que realmente se sucede. São os media que filtram (com critério livre) o que aparece ou não. E, indissociavel do movimento australiano está um case study para quem o quiser analisar- a extinta fluidzone. Junte-se a isto os tension e, mais ultimamente o movimento trash e temos a australia na sua estrutura.
ResponderEliminarao ver o bodyboarding blog não posso deixar de pensar nisso. em termos informativos é bom mas quase que não tem brasil. Nao cria herois brasileiros, nao tem orgulho brasileiro, propaga desencanto. E as vezes é preciso um certo, não sei se autismo ou frieza para moldar a realidade. os dois confundem-se mas sem um pouco de ambos não se vai lá. Assim vai estar sempre com a cabeça noutro sítio.
A construção da entrevista pode não ser a melhor, pois vai do específico para o generalizado, no entanto eu concordo com algumas afirmações:
ResponderEliminar- Faltam as bases do desporto
- Bodyboard tem de ser diferente
- Dar lugar ao profissionalismo
- Falta liderança empresarial
Em relação ao conteúdo do blog, acho que ele explica que é livre e coloca aquilo que é interessante. As 150 visitas diarias falam por si.
isso acho que todos concordamos... e como disse o blog dele é bastante bom. abraço
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