30 maio 2009

Bico Pontiagudo

Depois da minha sessão semanal de Sábado (desta vez na Praia Grande), onde me sento cada vez mais confiante, deixo-vos com mais uma negligência jornalística (Revista Veja), prontamente respondida e explicada pelos entendidos na matéria:
"A reportagem "Prancha na medida" (Guia, 11 de fevereiro) informou que a bodyboard, por não ter bico pontudo nem quilhas, e por não exigir que o praticante se equilibre em pé para pegar onda, é a prancha ideal para crianças. Os atletas acham que não é bem assim. Evandro Kinosita, responsável pela Oficina Paulista de Bodyboards, explica: "A única semelhança do bodyboarding com o surfe de quilhas é o ambiente onde ele é praticado: o mar. Os bodyboarders preferem ondas bem mais tubulares (ocas), em bancadas rasas (pedra, coral ou mesmo areia). Porque a prancha não tem uma hidrodinâmica favorável, o deslocamento exige mais técnica e precisão de remadas, tanto de pernas como de braços. É imprescindível o uso de nadadeiras (pés-de-pato) específicas para o bodyboarding. Uma criança terá mais eficiência de remada utilizando uma prancha com quilha, cuja hidrodinâmica é bem melhor, motivando mais o iniciante". Ralfy Santos Bernardina, de Curitiba, dá duas outras razões para as crianças ficarem longe da pranchinha: "Não é qualquer criança que vai pagar até 500 reais por uma prancha. E o bodyboarding é um esporte extremamente radical", escreveu. O Brasil, há um bom tempo, é uma potência na modalidade. A reportagem "Feras sobre as ondas" (19 de junho de 1996) já destacava a consagração de atletas brasileiros no mar – entre os melhores do mundo no surfe e no bodyboard."
Exige-se ao profissionais do jornalismo, uma maior investigação e entendimento, aquando das reportagens.

10 comentários:

  1. Sem querer defender os colegas, até porque isso de espírito de classe não é a minha especialidade, percebo de onde vem a definição, que está incompleta mas não totalmente errada.

    O bodyboard é excelente para uma primeira abordagem às ondas: as pranchas de iniciação são mais baratas, o material é mais macio e menos susceptível de provocar lesões, ou seja, é ideal para apanhar umas espumas ou umas ondinhas pequenas no verão.

    O problema é que quando se mistura surf e bodyboard. O bodyboard como modalidade desportiva e não como actividade de lazer à beira-mar é exigente técnica e fisicamente e em comum com o surf tem apenas o meio (este apenas com muitas aspas).

    Se é verdade que quem se está a iniciar no bodyboard não passa por aquela fase chata do colocar-se em pé, também é preciso referir que a curva de aprendizagem para as primeiras manobras é equivalente.

    De resto, hoje em dia, à medida que o bodyboard evolui e amadurece, vai encontrando o seu nicho próprio em ondas menos acessíveis ao surf de quilhas.

    Ao seguir esse caminho não deve faltar muito para que os "profissionais do jornalismo" também comecem a reconhecer as diferenças entre surf, bodyboard e apanhar umas espumas.

    O problema não é que os jornalistas não investiguem ou aprendam, o problema é que o BB ainda está a sair da infância e a sua identidade, ibfekizmente, ainda pouco definida. Ainda vamos ler mais coisas destas no futuro, vais ver.

    ResponderEliminar
  2. O que é que esta conversa toda interessa? Só um bb frustrado ou em demanda de reconhecimento social, se sente ofendido com o que se diz nos media. So os frustrados se sentem ofendidos, pois não reconhecem em si mesmos o valor e vantagem de surfar deitado. Este blog é palco de muitas frustações: uns querem que p bb seja assim outros que seja assado, outros reclamam que não dão valor ao BB...Vocês não são bbers. São uns frustados que necessitam que vos deêm palmadinhas nas costas para se sentirem alguém.

    ResponderEliminar
  3. abrindo um parentesis para toda a agressividade do anónimo que não conseguindo expor o seu ponto de vista calmamente (o que denota sem dúvida uma qualquer frustração á flor da pele) sinto-me obrigado a concordar com algum do seu ponto de vista. Não porque "o que os outros dizem não interessa" isso seria uma forma de hipocrisia macho em que o anonimo milita, mas porque não tem mal nenhum que o bodyboard seja (e para mim é) um desporto ideal para crianças. E para velhinhos. E para mulheres, e para adultos, e para jovens e para ginastas, suicidas e medricas. È para todos e esta polivalência deve ser valorizada.

    ResponderEliminar
  4. Eu, frustrado, concordo inteiramente contigo, Hugo. Aliás, creio que isso ja terá ficado explicito aqui e acolá nos meus posts.

    Nos outros, os tais em que descarrego as minhas frustrações no que o BB é ou poderia ser, diria que o espírito crítico é o motor da mudança.

    E asseguro aos "anónimos" todos que não é só aqui que daou azo à minha frustração.

    Fora deste espaço, no "mundo real" faço a minha cota parte de trabalho pelo BB, mais do que muitos "anónimos" que por aqui andam.

    Mas apareçam. Façamos uma festa de frustrados.

    ResponderEliminar
  5. Mas alguem se surpreende com a opiniao que os media e o povo em geral tem do bodyboard? é esta que diz na imagem.. E é isso que temos de mudar!

    ResponderEliminar
  6. O anónimo tem razão. os bb portugueses perdem-se num role intermináveis de queixumes e de tristes comparações com o surf, o que não tem utilidade nenhuma.

    JP

    ResponderEliminar
  7. Nota: queixar e criticar são coisas diferentes. E aqui critica-se porque, friso, há quem faça por mudar as coisas.

    ResponderEliminar
  8. Este blog é um espaço de partilha de opinião e discussão, para frustrados e não frustrados.

    A discussão saudável é um passo para o pensamento, de partilhar pontos de vistas e criar ideias.

    Gostava de ver mais pessoas a criticar, a provocar e a desafiar, a nós e a toda a comunidade de bodyboard.

    The search for the messia continues...

    ResponderEliminar
  9. O messias somos todos nós, TL. Desde o gajo que faz umas aos fins-de-semana até aos prós. Todos temos o nosso papel.

    Boas ondas para todos (se bem que esta semana parece ter começado o Verão com as suas flatadas...)

    ResponderEliminar
  10. Como já referi em opiniões anteriores, pouco me importa o que dizem do bb...

    Faço com uma esponja o que não conseguiria com fibra de vidro, VOAR (nem que seja baixinho)...

    B

    ResponderEliminar

Os autores do blogue reservam o direito de editar ou apagar os comentários